sábado, 23 de dezembro de 2017

CRÔNICA DE NATAL


PORQUE É TEMPO DE FESTA





CRÔNICA DE NATAL!

Confesso que andei meio desanimada com o Natal. Até hoje,minha casa nada tinha que lembrasse essa data,nem presépios,nem árvores montadas.Nem o Anjo tinha sido desembalado,nem flores compradas.
Lembrei-me do meu marido  dizendo:
-Vamos  até a Perini comprar a nossa ceia! Ceia  simples,de dois velhos  que deixaram as esperanças para trás, sem o bulício das crianças em casa,filhos crescidos,netos nas casas dos pais...
Um peru,farofa de  manteiga e ameixas, arroz á grega,pães natalinos e champanhe.
Cedo sentei-me no computador e emocionei-me com os votos de carinho recebidos de inúmeros amigos. Enquanto os lia,ouvi o pregão.Eram as mulheres que vendiam pitanga.Vinham de longe,acordavam cedo,apanhavam um ônibus e,a muitos quilômetros das suas casas humildes,percorriam os bairros ,apregoando pitangas e são-gonçalinhos.
-Olha  a pitanga!
-Comprem pitanga e são-gonçalinho!
Corri ao portão. Acenei para a mulher que atravessou a rua,tentando enxergar os carros que passavam ,afogada que estava pelas maçarocas de folhas de pitanga;uma floresta ambulante.
Comprei vários molhos e o cheiro do são – gonçalinho me fez chorar.É um aroma indescritível que lembra natais mais felizes quando eu ainda era criança e tinha minha mãe e recebia tantos presentes;ou,já esposa e mãe,com meus filhos pequenos,no afã de arrumar a casa,enfeitar a árvore,separar e embalar presentes,fazer o bolo e assar o peru,sob os olhos curiosos e esperançosos dos meus seis filhos.O olhar de uma criança esperando seu presente de Natal! Como esquecer!?O cheiro da pitanga e do são – gonçalinho,os cheiros do Natal,renovaram minhas energias ,devolveram-me o ânimo.A felicidade viaja através das pequenas memórias e consiste em estar bem consigo mesmo e procurar não fazer mal a ninguém.
Vivo procurando a criança que fui,que esperava o Papai Noel e pendurava sapatinhos na janelas;pois,a mulher que sou hoje estava embrionária na criança que um dia fui.
Creio que o Menino,se tivesse nascido aqui,adoraria despertar numa manjedoura  perfumada e até dispensaria o incenso a mirra e o ouro,porque o Menino é tão simples e risonho que acha beleza e harmonia nas pequenas coisas.
Porque não imitá-lo e passar um  Natal feliz cheio de simplicidade e amor,fazendo a doação das nossas alegrias e esperanças para aqueles que já desistiram da vida.
FELIZ Natal!

                                                  POEMA DE NATAL
                                             FERNANDO PESSOA

O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,

Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.


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